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“Temer pretende prorrogar e melhorar descontos do PERT para garantir votos contra denúncia”

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Assim como na primeira denúncia contra o presidente Michel Temer, o Palácio do Planalto já prepara estratégia para garantir votos, desta vez, liberando mais dinheiro para programas como o Refis e o Bolsa Família.

Os líderes dos partidos aliados foram ao Planalto dar explicações. O atraso na tramitação da denúncia não agrada e já admitem que houve descuido.

“O que na verdade aconteceu é que, semana passada, nós tivemos um volume muito grande de trabalho da reforma política e os parlamentares acabaram optando em ficar segunda-feira nos seus estados. Mas amanhã a gente vai ter quórum e vamos votar”, disse Beto Mansur (PRB-SP).

O presidente Michel Temer está preparando sua defesa. Os dois ministros citados, o da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o da Secretaria-Geral, Moreira Franco, cada um com seu advogado, também estão trabalhando.

O governo já avisou que não pretende gastar o prazo de dez sessões. Devem se manifestar bem antes, possivelmente até sexta-feira (29).

Mas o dia no Planalto foi dedicado a negociações políticas, especificamente sobre o refinanciamento de dívidas, a principal moeda de troca neste momento em que cargos e verbas andam mais escassos.

A equipe econômica bem que tentou preservar a arrecadação de R$ 13 bilhões, previstos na proposta original do Refis – programa de refinanciamento de dívidas com o governo. Mas Temer tem aliados endividados e precisa deles.

A Casa Civil acertou com os líderes uma proposta mais generosa do que a que está em vigor.

Os pontos principais são: para pagamento à vista, descontos de 90% nos juros, 70% nas multas e 25% nos encargos; pagamentos em até 145 parcelas com descontos de 80% nos juros, 50% nas multas e 25% encargos, até 175 parcelas, descontos de 50% nos juros e 25% nas multas e encargos; quem tem dívida de até R$ 15 milhões pode dar entrada menor, em vez de 7,5%, 5%.

A equipe econômica anoiteceu fazendo conta do impacto dessa bondade porque o governo teria que recuar do que já foi negociado com devedores que se valeram da medida provisória que vence no fim de setembro.

A palavra final é do presidente, principal interessado em acalmar os ânimos dos aliados. E, nessa linha de agrados e agenda positiva, Temer deve anunciar com pompa e circunstância um programa complementar ao Bolsa Família para a geração de emprego e renda, que inclui R$ 3 bilhões em microcrédito.

FONTE: Portal G1 – Jornal Nacional

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